29 de março de 2011

Desafio 30 Dias, 30 Canções - Semana 3

Vamos à terceira semana! O comboio do desafio 30 Dias, 30 Canções está em marcha e não vai parar tão cedo. Próxima estação - os dias 15 a 21. Para verem as minhas escolhas têm, como de costume, de clicar em "Ler mais".

29/03/2011 - Publicado o Dia 15 - A song that describes you.
30/03/2011 - Publicado o Dia 16 - A song that you used to love but now hate
31/03/2011 - Publicado o Dia 17 - A song that you hear often on the radio
01/04/2011 - Publicado o Dia 18 - A song that you wish you heard on the radio - PARTIDA DE 1º DE ABRIL
01/04/2011 - Publicado o Dia 18 - A song that you wish you heard on the radio - agora a sério! :D
02/04/2011 - Publicado o Dia 19 - A song from your favorite album
03/04/2011 - Publicado o Dia 20 - A song that you listen to when you're angry
04/04/2011 - Publicado o Dia 21 - A song that you listen to when you're happy





Day 15 - A song that describes you

Não queria aborrecer-vos com os detalhes da minha história mas não consigo evitá-lo, estou sempre a conspirar... porque este mundo inspira-me a conspirar. Na verdade, não sou maluco - simplesmente consigo rir-me de mim próprio, até porque se por vezes posso parecer muito forte, a verdade é que também sou inseguro. Não, não sou maluco, mas rir-me de mim próprio permite-me lidar com o facto de que, apesar de ter este tamanho todo, muitas vezes sinto-me muito pequenino. Do álbum The Night Before, de 2010, eis que aparecem pela segunda vez neste desafio os James, com Crazy.






Day 16 - A song that you used to love but now hate

A canção que vem a seguir é um exercício de bom pop/rock. Um refrão que fica no ouvido, um ritmo que saltita e que é suficientemente acessível para que quase toda a gente goste, boa capacidade vocal do cantor e competência dos instrumentos, uma letra simples mas relativamente interessante e uma sonoridade fácil, altamente cantável que faz as delícias de qualquer karaoke de trás do volante ou de debaixo do duche. Tinha tudo para ser um sucesso - e foi mesmo. Compare-se com o bife à Estúdio do restaurante Estúdio Não-Sei-Quantos, no número Não-Sei-Quantos da Avenida 5 de Outubro. A carne é geralmente macia e de boa qualidade. As batatas são fritas com mestria, nunca ficam gordurosas. O molho é repleto de aroma e sabor quase palpável, de encher o paladar mais exigente. Complete-se com cogumelos, uma salada fresca e uma imperial bem tirada a acompanhar e temos um magnífico pitéu, de satisfazer bons garfos e desesperar nutricionistas. Agora imaginem ter de comer esse explendoroso bife 3 ou 4 vezes por dia, todos os dias, durante anos a fio. Continuariam a gostar dele por muito tempo? Foi isso que a rádio fez à Wonderwall, dos Oasis. E ainda hoje, quando a RFM (que só passa grandes músicas) ou a Comercial (que só passa a melhor música de hoje e dos últimos 10 anos) passa esta música, eu mudo de rádio. Ou desligo o transístor. Por isso vou anexar aqui o vídeo, vou carregar no Play só para ver se está a funcionar bem e a seguir fecho a janela e voltamos todos amanhã, combinado?






Day 17 - A song that you hear often on the radio

Pedro Abrunhosa, nos seus tempos de poeta de intervenção que falava sobre soutiens e sugeria actividades giras para praticarmos aos pares, era, na minha opinião, ora como é que hei-de dizer isto sem ferir susceptibilidades, execrável. Talvez execrável seja um bocado demais... ok, retiro o que disse: era apenas muito mau. Muito mau mesmo. Mas algo se passou. O último disco do careca de olhos castanhos banalíssimos escondidos atrás de óculos escuros, agora em conjunto com uns tais de Comité Caviar (uns tipos pouco conhecidos que fizeram parte de pequeninos projectos como os Blind Zero e os Amália Hoje), é mais criativo, mais acessível, mais interessante e, vá, melhor. E então dou por mim a ouvir esta música montes de vezes na rádio - e nem sequer mudo de estação, portanto é melhor assumir: até gosto, vá. Mas ao ritmo que passa nas rádios do costume, cheira-me que daqui a uns meses já poderia ser por mim escolhida para dia 16. Por agora ainda se ouve bem. Vá, Pedro, vai lá fazer o que ainda não foi feito (isto soa a prisão de ventre, mas pronto) mais umas quantas vezes enquanto eu ainda te vou conseguindo ouvir. O vídeo até é girito e tem o Manzarra, que desta vez não pedincha tatuagens.






Day 18 - A song that you wish you heard on the radio - PARTIDA DE 1º DE ABRIL

Feliz Dia das Mentiras!! Muito obrigado a todos os que me mandaram mensagens no Facebook - a música que esteve cá durante o dia de hoje era só uma mentirinha de 1º de Abril :) O post verdadeiro está já aqui por baixo.




Day 18 - A song that you wish you heard on the radio - agora a sério!

É pena que só passem músicas dos TOPs na rádio, porque não está por aí além na moda gostar de Pearl Jam. Um dos singles mais injustamente esquecidos pelas rádios de toda a carreira desta, admita-se, icónica banda é I Am Mine. É uma canção fabulosa, e que NUNCA passa na rádio. Vá lá pessoal da RFM, Comercial, Mega Hits e até Antena 3... já estou farto da Daughter. Nem precisam de mudar de banda: está só na altura de mudarem de single :)






Day 19 - A song from your favorite album

Confesso que nunca pensei durante muito tempo qual seria o meu álbum preferido. Tenho uma série deles que gosto, gosto mesmo muito, como o de estreia dos Garbage, o Jagged Little Pill da Alanis, o Up dos R.E.M., o Seven dos James ou o Mer de Noms dos A Perfect Circle, mas o que acaba por acontecer quando apanho um álbum que me fica no ouvido e entra para esta lista é que o ouço umas quantas vezes e, a seguir, o troco por outro. Não o abandono, note-se - simplesmente fica guardado uns meses e volta ao fim de uma temporada. Por isso, se calhar a melhor métrica para descobrir qual é o meu álbum preferido é escolher aquele que já ouvi mais vezes. Por esse ponto de vista, o eleito é o Document, dos R.E.M., que foi lançado em 1987 e catapultou o então quarteto de Athens para o sucesso nos Estados Unidos. Presentes neste disco estão os seus dois primeiros singles a ocuparem o #1 dos tops, It's the End of the World as we know it (and I feel fine) e The One I Love. É um álbum com grande carga política, com bastante energia, sem pontos baixos e com as letras do Stipe no seu melhor (e mais enigmático). Para fugir aos tops e vos mostrar algo de novo, aqui fica a Disturbance at the Heron House. Se José Afonso cantava que os vampiros comiam tudo e não deixavam nada, já Michael Stipe é mais optimista: The feeding time has come and gone, they'll lose the heart and head for home.






Day 20 - A song that you listen to when you're angry

Quando estou zangado e me apetece partir tudo, gosto, tal como a maioria das pessoas, de ouvir música que reflicta exactamente essa atitude violenta que não posso ter na vida real... por isso, e se calhar para surpreender mais uma vez os meus leitores (todos os três), aqui fica um exemplo do que ouço quando estou mesmo muito chateado com algo. É que nem sequer vou tecer mais comentários. Do álbum Master of Puppets, deixo aqui os Metallica com Battery, neste vídeo ao vivo no extraordinário concerto S&M. Colocar este vídeo no meu blog dá-me o gostinho especial de causar mais um cabelo branco ao Hetfield porque, convenhamos, sempre estou a dar-vos a ouvir esta música sem que tenha pago aos Metallica por isso.






Day 21 - A song that you listen to when you're happy

Hoje estou com pouquíssimo tempo, com demasiado que fazer e sem grande pachorra para escrever aqui, mas para manter o comboio em andamento e não falhar um dia que seja deixo-vos uma das minhas músicas preferidas dos Muse e que vai bem com a tagline do dia 21.

Sem comentários: